Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Sul de Santa Catarina
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PARA LIDERANÇAS DO TRC, ROUBO DE CARGAS É O CRIME QUE MAIS PREOCUPA O SETOR

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Foto/Divulgação: painel sobre o roubo de cargas no Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas

Foto/Divulgação: painel sobre o roubo de cargas no Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas

O roubo de cargas é o crime que mais preocupa o Transporte Rodoviário de Cargas de todo o Brasil. Este, pelo menos, foi o consenso da segunda parte do XVIII Seminário Brasileiro do setor, momento do evento dedicado a discussões sobre o assunto.

Para as lideranças catarinenses, embora já tenha sido registrada queda nos índices no Estado, ainda é um grande vilão para a atividade econômica.

“Nós já respiramos mais aliviados em relação a isto, mas o cenário ainda é preocupante. Nossas ações em parceria com o Estado foram fundamentais neste processo em prol da segurança. E confiamos no trabalho que vem sendo desenvolvido para combater este crime”, comentou o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, diante das discussões.

A deputada Christiane Yared, membro da Comissão de Viação e Transporte foi a moderadora deste painel, que teve como palestrantes o deputado Hugo Leal, o general Macro Aurélio Vieira, consultor em Segurança, o vice-presidente extraordinário de Segurança da NTC&Logística, Roberto Mira, e o assessor de Segurança da NTC&Logística, coronel Paulo Roberto de Souza.

Para debater o assunto, também estiveram presentes o diretor da Polícia Rodoviária Federal, Renato Dias, o presidente da Fetranscarga/RJ, Eduardo Ferreira Rebuzzi, o delegado de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, Rafael Barcia Lopes, e o delegado da Polícia Federal, Reniton Santos Pimentel Serra.

 O cenário no Brasil – Souza apresentou o cenário do Roubo de Cargas em âmbito nacional. De acordo com a pesquisa, em 2017 foram registrados 25.970 casos de roubo de cargas no Brasil, totalizando um prejuízo de R$ 1,570 bilhões. Os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, juntos, somam 81,56% das ocorrências.

Foto/Divulgação: assessor de Segurança da NTC&Logística, coronel Paulo Roberto de Souza fala no Seminário Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas

Foto/Divulgação: assessor de Segurança da NTC&Logística, coronel Paulo Roberto de Souza fala no Seminário Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas

Ainda segundo o assessor de segurança da NTC, as cargas mais visadas são produtos alimentícios, cigarros, combustíveis, eletrônicos, produtos farmacêuticos, bebidas, têxteis e confecções, autopeças e produtos químicos. “A situação é bastante preocupante e vem se agravando ano após ano. Medidas precisam ser tomadas com urgência para viabilizar o transporte de segurança no país”, afirmou.

Os prejuízos e as demandas – O diretor de segurança da entidade, Roberto Mira, comentou que “para se ter uma ideia da dimensão desse problema, se considerarmos o período de 1998 a 2017 e somarmos as ocorrências nesse período, sofremos mais de 285 mil roubos de cargas com prejuízos na ordem de R$ 17 bilhões em valores subtraídos”.

Mira apresentou cinco demandas que o setor considera as principais e fundamentais para um adequado combate aos delitos de carga no país, que seriam: a efetiva implantação do “Sistema Nacional de Prevenção ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas”; a aplicação da Lei 12.977/2014, que regula o funcionamento e a fiscalização das empresas de desmontagem de veículos automotores; a aplicação a Lei 9.613/98, por parte das autoridades policiais, nas situações de receptação de cargas; a elaboração, por parte dos governos estaduais, de legislação própria relativa à cassação do registro no cadastro do ICMS como penalidade aos estabelecimentos envolvidos na receptação de mercadorias de origem irregular; e o foco no aperfeiçoamento na legislação hoje existente, de modo a combater de forma eficaz os delitos praticados contra cargas e veículos.

“Vivemos um cenário desolador por conta da atuação do crime organizado que passou a ter como alvo prioritário o segmento transportador rodoviário. Os efeitos desastrosos para empresas incluem o risco de vida de seus empregados, gastos vultuosos com o seguro e gerenciamento de riscos e uma relação tensa de mercado com os parceiros embarcador e segurados, nas operações de transporte e logística de cargas”, finaliza Mira.

 O que vem sendo feito no Brasil – Os demais participantes do painel falaram das ações que vem sendo desenvolvidas para o combate a esse tipo de crime e mostraram, com mais profundidade, a situação no Rio de Janeiro, Estado que vem sofrendo em maior amplitude com o roubo de cargas. O deputado Jair Bolsonaro participou desse painel, deixou sua mensagem de apoio ao setor e compartilhou com o público sua visão sobre o tema.

Com informações: NTC&Logistica

 

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